Terapia Ocupacional em Destaque

Terapia Ocupacional em Destaque

Terapia Ocupacional

"É um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia das pessoas que, por razões ligadas a problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais, apresentam, temporariamente ou definitivamente, dificuldade na inserção e participação na vida social. As intervenções e Terapia Ocupacional dimensionam-se pelo uso da atividade, elemento centralizador e orientador, na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico"

Referência: World Federation of Occupational Therapy; Associação Brasileira de Terapia Ocupacional; Centro de Estudos de Terapia Ocupacional - Ceto. Definições de Terapia Ocupacional. Lins: Faculdades Salesianas de Lins, 2003. (p.70)

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Compartilhando Experiências II: Rui Rocha

Dando continuidade às minhas impressões vou tentar relatar como flashes, às vezes logicamente e outras sem muita coerência o que me incomoda mais mesmo que seja com algumas pinceladas.

Eu tenho uma propensão a ser lógico, mesmo acompanhado de falsos juízos que tem uma pseudocoerência e várias vezes povoam o pensamento, no qual eu acredito e parece que me fazem trafegar hora de um jeito ora de outro. Por causa da lógica (pseudológica?) parece que as pessoas que não me conhecem acreditem em mim.

Uma coisa que acontece e que me incomoda muito é que tenho uma aparência saudável apesar de já ter alcançado quase 50 anos. Geralmente os portadores de sofrimento mental tem uma aparência de morbidade que a priori os estigmatizam. Por este motivo eu tenho dois incômodos: de ser para os leigos normal, apesar da medicação que tomo e tratado como tal para tentar viver como um indivíduo normal. Ou explicitar tudo e ser julgado (pelos leigos que não tenho morbidade ou outros que acreditam e me tratam com descrédito). Na minha família incluindo, mãe, pai, irmãos, tios e primos já não acreditam no meu discurso e em consequência falam que são coisas da minha cabeça.

Este é um dos meus dilemas para conseguir viver. Eu criei um mundo para mim, o meu espaço dentro de casa onde fico “tranquilo” e a salvo da língua e do julgamento dos outros. O que passa pela minha cabeça é que quem não é visto não é falado e portanto me alivia do pensamento que está todo mundo contra mim.
Estou de um jeito ou de outro fugindo da vida. Esta situação me deixa sem ação. Quando penso nisto vão se acumulando os pensamentos e eu fico em um estado tal que pareço que estou inerte, fico estático sem conseguir fazer as coisas.

Um problema maior é o de conviver com as pessoas que não acreditam na minha morbidade e tentar manter uma postura na qual eu sou mesmo normal como se isto fosse possível (pois eu interiorizo ao invés de externar a sensação) ajudando a minha vida ficar mais reclusa, no meu lar e evitando de conversar com as pessoas. Às vezes fico com vontade de chutar tudo e levar vida dentro do meu espaço sem contato com ninguém.

Rui Rocha

Estas são contribuições de Rui Rocha sobre suas experiências, dificuldades e superações. Com alguma frequência poderemos apreciar estas contribuições compartilhadas aqui no blog. Em breve novo texto! Abraços, Keliane - T.O. 


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