Olá! Boa Noite!
Sabe quando o paciente apresenta vários sinais de necessitar da intervenção terapêutica ocupacional?...Tem limitações no desempenho das atividades de vida diária, discurso empobrecido, dificuldade de circular na sociedade e de interagir com outras pessoas, limitações no desempenho de atividades produtivas e de lazer...Enfim...o paciente certamente se beneficiaria da intervenção da T.O....mas ele não a quer...E aí?
Situação difícil, quando o paciente ou não é ciente de suas próprias limitações, ou não tem recursos para enfrentá-las e não tem disposição para adquiri-los por meio da intervenção. Principalmente quando o paciente é adulto ou idoso e para os quais o recurso lúdico não surte tanto efeito.
Sabe-se que tal recusa já é um sinal para intervenção terapêutica, pois pode representar para além das limitações do transtorno, dificuldades do indivíduo em lidar com tais limitações e talvez uma necessidade de fuga de qualquer coisa que o remeta a elas. Isto também pode se dar por déficit em componente perceptual, que dificulte ao paciente notar suas próprias limitações para julgar necessária a intervenção.
Impor a intervenção certamente não é o caminho, pois o atendimento da T.O se baseia no engajamento do paciente nas atividades propostas, e principalmente sua participação em todas as suas etapas, desde o planejamento até sua finalização. E, toda a proposta da Terapia Ocupacional, baseia-se em atividades que sejam significativas e contextualizadas, e é desta forma que o fazer adquire caráter terapêutico. Mas mesmo com estas propriedades, acontece de o paciente não aderir ao tratamento.
Nestes casos, uma possibilidade é intervir junto ao paciente de forma indireta em um primeiro momento, por meio de intervenções com a família/cuidador. Orientações periódicas sobre como interagir melhor com o paciente, propor atividades, estimular circulação social podem representar ganho importante para o paciente e redução da sobrecarga da família/cuidador. Para que então em um segundo momento lhe seja mais possível aceitar a intervenção do profissional de forma direta.
Fica a dica!
Abraços,
Keliane de Oliveira
Terapeuta Ocupacional
Isto tem tudo a ver com o vínculo terapêutico. Quando o profissional consegue um bom vínculo, quase não existe problema de recusa...mas quando há dificuldades ou a pessoa nem dá espaço para que ele aconteça...fica bem mais difícil. Abraços Keliane, sempre que posso dou uma passadinha por aqui.
ResponderExcluirSim, Paula! A chave da intervenção é o vínculo terapeuta paciente. Por meio dele, é possível fazer a intervenção. O que pode acontecer é não haver tempo para se estabelecer o vínculo por meio da recusa do paciente. O que requer do terapeuta manejo suficiente para fazer com que a aproximação seja o mais tranquilo e suave possível. Penso que a forma de abordagem do profissional pode potencializar esta recusa ou não. Abraços, Keliane
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