O Estigma na esquizofrenia tem sido investigado por diversos grupos, em diversos locais, por ser nesta síndrome um fator provavelmente perpetuador do ciclo que envolve os sintomas negativos e o baixo funcionamento social. O estigma parece fortalecer tais sintomas que já apresentam prejuízo nesta síndrome.
Sabe-se que os sintomas negativos, são menos responsivos à intervenção farmacológica. Por isto a necessidade de que a intervenção na síndrome esquizofrenica seja não somente farmacológica mas também psicossocial e cognitiva.
O estigma está relacionado á marginalização social, à redução da busca por ajuda - inclusive em relação à saúde física, ao prejuízo na qualidade de vida global, redução da rede de suporte social, baixas oportunidades de emancipação e empoderamento, entre outros.
Estigma é um termo amplo, que abrange problemas de conhecimento (ignorância), postura (preconceito) e comportamento (discriminação). Para reduzí-lo e eliminá-lo, faz-se necessário a combinação de intervenções junto ao sujeito e junto á comunidade, onde pode ser possível, por meio de criação de oportunidades, potencializar as habilidades a fim de uma melhor qualidade de vida.
A mudança certamente não é rápida e requer alto investimento de tempo e de conhecimento. Acredito ser este um caminho interessante de construção de espaços de direitos realmente alcançáveis. E é neste caminho que tenho dedicado minha pesquisa.
Abraços,
Keliane
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